O Dia Mundial do Consumidor de 2022 encontra um mundo em franca transformação na forma de se relacionar com os produtos. Muito se fala que a pandemia acelerou tendências, mas poucos setores percebem mudanças tão grandes quanto no mundo da moda. Com a necessidade de passar mais tempo em casa e a adoção do home office, ou do sistema híbrido, pela maioria das empresas, as roupas básicas passaram a ter espaço privilegiado nos armários.
Claro que sempre haverá luxo e festa, mas a tendência pelo conforto no dia a dia parece mesmo ser um caminho sem volta. A própria transformação digital, também acelerada pela pandemia, coloca o mundo na ponta dos dedos, simplificando tarefas e proporcionando mais tempo para se ficar com quem se gosta no melhor lugar do mundo: dentro de casa.
Com isso, mesmo as roupas de sair para as tarefas rotineiras também mudaram seu status. O Dia Mundial do Consumidor encontra pessoas mais voltadas para a valorização das coisas simples, da slow fashion, das peças de shape comfy e dos tecidos que acariciam a pele. É a tecnologia nos ajudando a ser mais humanos, sustentáveis e conscientes do consumo com responsabilidade.
Dia Mundial do Consumidor e a grande mudança cultural
Todo esse movimento, portanto, não vem de hoje, o que torna a grande mudança cultural que vivemos ainda mais profunda. De certa forma, a pandemia descontextualiza a moda.
O consumo fashion não tem mais tanto foco nos eventos, mas no conforto e praticidade do dia a dia. Peças básicas, funcionais e duráveis agregam cada vez mais valor. O luxo é ser básico.
Pesquisa da Consumoteca mostra que 45% dos entrevistados continuarão preferindo peças básicas mesmo após a pandemia. É o perfil do público jovem que gasta mais – e não só a geração Z, mas também adolescentes e pré-adolescentes que são detentores de grande poder de compra no varejo, de acordo com relatório da Consumer View da National Retail Federation (NRF).
Esses novos tomadores de decisão não se importam em pagar mais por roupas básicas diferenciadas. E a transformação digital é a grande influenciadora da mudança cultural que vivemos, criando novos hábitos e relações das marcas com os consumidores.
Roupas básicas tomam conta do mercado
Dos pequenos empreendedores às grandes redes de moda, as roupas básicas são a grande aposta do mercado.
Essa mudança no estilo de vida também já foi identificada por uma das mais importantes empresas de análise de tendências, a WGSN. Para a empresa, o varejo precisa reconsiderar propósitos e funções de todos os itens, focando, principalmente, em durabilidade, versatilidade, conforto e bem-estar de roupas básicas, que valem a pena ter.
O varejo, aliás, encontra o cliente mais interessado no que vale a pena gastar dinheiro do que no consumo pelo consumo.
Roupas básicas atemporais, que podem atravessar estações e ser recombinadas com outras peças, ganhando versatilidade para ocasiões diferentes ganham cada vez mais preferência no guarda-roupa pós-pandemia.
Mudanças de hábitos e de produção
Para a WGSN a mudança de hábitos acelerada pela pandemia requer uma nova visão também sobre a produção. Os consumidores continuam mais receosos com os gastos, mais preocupados com a saúde do meio ambiente e mais focados na valorização das coisas simples.
Por isso, é a hora de pensar em coleções menores de roupas básicas com designs sustentáveis, materiais confortáveis e práticos, repensando a moda formal.
O Dia Mundial do Consumidor encontra um mundo menos focado em modismos e mais em propósitos e valores fundamentais, em um cenário em que as roupas básicas são uma solução híbrida, para ficar em casa e na rua, sem abrir mão da qualidade, estilo e personalidade.
E então, pronto para incrementar sua próxima coleção de moda com as roupas básicas? Aproveite para saber mais sobre as principais tendências pós-pandemia e inspire-se!